Após uma noite de insônia terrível, Matheus se levanta e percebe que agora sua vida não é mais a mesma. Ele sente o clima de mudança no ar, vai até a janela e olha o jardim de sua casa. Quando será que aquela rosa vermelha apareceu no meio de um canteiro de tulipas brancas? Parece que não é apenas uma coincidência, algo realmente está diferente. Ele olha para a janela da casa ao lado e mais uma surpresa, desde quando os vizinhos têm um filha tão linda? Era informação demais para a cabeça de um garoto que até aquele instante de sua vida não tinha aproveitado nem um minuto qualquer para ele mesmo. Mudança não era uma palavra utilizada com freqüência em seu vocabulário, sempre fora esnobado, sempre tivera cabelo curto, sempre conversara sobre os mesmos assuntos. Aquele foi o dia em que ele ingressou numa nova vida, um novo ambiente que mudou definitivamente a simplicidade e monotoneidade que representava o seu viver.
PS: o que teria causado tal mudança em Matheus?
segunda-feira, 10 de março de 2008
terça-feira, 4 de março de 2008
esclarecimento
Algumas pessoas falaram que não entenderam o texto introdutivo de camin, mas é porque essa é apenas uma pequena parte mesmo, mais ou menos a introdução da introdução, então a partir dos outros dias vou postar textos mais descritivos para que possam identificar melhor o personagem.
segunda-feira, 3 de março de 2008
camin?
Estava mais uma vez no meu quarto, deitado sobre a cama e olhando para a lamparina no teto. Até hoje consigo me lembrar de como aquele objeto foi parar justamente ali. Certo dia, acordei e fui cumprir meu hábito de toda manhã, andei cambaleando de sono até o banheiro e me olhei no espelho. Este era o mais estranho que já vi desde então, ele não era transparente e totalmente reflexível como todos os outros, este tinha um certo tom azul que tornava a reflexão da imagem meio difusa. Pensei que aquilo deveria ser um sinal de algo grandioso que estava por vir. Logo me despi e fui tomar banho, mas sem olhar para o espelho, pois minha imagem refletida com o meio do meu peito azul como se ao sair do berço alguém tivesse me jogado um balde de tinta irremovível.
PS: esse texto é uma introdução a o personagem título do blog, que vou estar trazendo de volta a partir de agora.
PS: esse texto é uma introdução a o personagem título do blog, que vou estar trazendo de volta a partir de agora.
sábado, 1 de março de 2008
começando pelo fim.
Ele sabia que o fim se aproximava, não era um espécie de pensamento, era um sentimento, aquele que começa a brotar dentro da pessoa de um local desconhecido, muitos dizem que é do coração, mas esse é apenas um músculo de movimentos involuntários criados pelo cérebro. Esse sim é o grande Senhor, o Todo Poderoso capaz de criar qualquer situação. Todos pensam que têm controle pleno sobre o que pensa e o que faz, contudo essa é a verdade criada por si mesmo para não acreditar que a sua própria vida não depende de sua vontade.
Agora ele podia sentir mais forte, tinha a impressão que a sala ficava cada vez mais escura, não consegue enxergar mais aquele seu livro favorito, "Os contos anônimos".
"Ah". Ele sentia um prazer imenso de apenas lembrar de onde veio aquele livro. Este não veio de uma livraria qualquer, comprado com o dinheiro suado de trabalhar como carregador de mercadorias, e nem poderia ser misturado com todos os outros da sua estante, era especial. Este foi dado por Ela, sim, Ela. Aquela mulher que um dia encontrou na estação primeira da cidade de Brookdale.
Ele tentou se levantar e procurar o livro, mas suas pernas fraquejaram, colocou no chão de cimento batido uma perna e tentava jogar a outra para frente na vontade de se manter sobre as próprias pernas, porém era quase impossível. A este ponto já não sabia mais quem era nem o que queria, caiu de joelhos no chão, mãos no rosto. Desejava esconder alguma coisa em seu rosto, contudo não havia nada físico a esconder. Talvez sentisse vergonha, sim, sentisse vergonha de estar morrendo no seu quarto sem nunca ter tocado Nela.
Agora já não mais enxergava, estava em total estado vegetativo, jogado ao chão. A única coisa que lhe pertencia era seus pensamentos. Teve exatos cinco minutos e dez segundos para pensar em tudo que quisesse. Depois que passou esse tempo a hemorragia em seu cérebro não pode ser mais contida e fora ali, deitado no chão de seu quarto que deu seu último suspiro.
Agora ele podia sentir mais forte, tinha a impressão que a sala ficava cada vez mais escura, não consegue enxergar mais aquele seu livro favorito, "Os contos anônimos".
"Ah". Ele sentia um prazer imenso de apenas lembrar de onde veio aquele livro. Este não veio de uma livraria qualquer, comprado com o dinheiro suado de trabalhar como carregador de mercadorias, e nem poderia ser misturado com todos os outros da sua estante, era especial. Este foi dado por Ela, sim, Ela. Aquela mulher que um dia encontrou na estação primeira da cidade de Brookdale.
Ele tentou se levantar e procurar o livro, mas suas pernas fraquejaram, colocou no chão de cimento batido uma perna e tentava jogar a outra para frente na vontade de se manter sobre as próprias pernas, porém era quase impossível. A este ponto já não sabia mais quem era nem o que queria, caiu de joelhos no chão, mãos no rosto. Desejava esconder alguma coisa em seu rosto, contudo não havia nada físico a esconder. Talvez sentisse vergonha, sim, sentisse vergonha de estar morrendo no seu quarto sem nunca ter tocado Nela.
Agora já não mais enxergava, estava em total estado vegetativo, jogado ao chão. A única coisa que lhe pertencia era seus pensamentos. Teve exatos cinco minutos e dez segundos para pensar em tudo que quisesse. Depois que passou esse tempo a hemorragia em seu cérebro não pode ser mais contida e fora ali, deitado no chão de seu quarto que deu seu último suspiro.
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