domingo, 11 de janeiro de 2009
Guarde para a noite seguinte.
Com os olhos fixos na janela, pego-me sentado novamente brincando contigo, Lua, provocas-me o tempo todo ao se despir toda nua, e logo em frente a mim, que não resisto nem a uma chuva. Outra vez mentes para mim, queres bancar o Sol, já não basta roubar um pouco de sua luz, desejas que traia o Sol contigo mesmo. Por um breve momento me senti tentado, mas lembrei que posso ouvir estrelas, apesar de não estar apaixonado converso com elas até quando estou deitado. Lua vadia que todos só notam sua inocência, todos querem estar ao luar e sentir a luz brincar de se esconder nas nuvens com seus olhos, tolos não percebem a falsidade que paira no ar. Invades o espaço do Sol durante o dia, roubas sua luz durante a noite e por pouco não te mantens firme até o outro dia. Conheço tua fama, escondes metade de tua face de mim, mas nada do que estais a esconder seria novidade, sei de tudo, só peço que guardes o que tens para a noite seguinte, vadia Lua.