quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Uma apologia ao amor.
Um grito profundo, que apesar do esforço demasiado, apenas causa a sensação de um leve sussurro aos ouvidos de quem o escuta. Venho a ti, então, por meio de palavras fazer uma breve apologia ao amor. Tal sentimento corre dentro de mim, assim como sangue faz parte do meu organismo. Quando me tocas sinto um arrepio dorsal, de forma crescente primeiro ele domina meus sentidos, a começar do tato, passando pelo olfato, audição e visão até finalmente chegar ao paladar, teus toques me tiram do consciente e me transportam para onde não sei quem sou, para um lugar que nada mais importa, a não ser estar junto a ti. Teus olhos penetrantes não canso de olhar, nem tenho medo de pleonasmos ao me expressar de tal forma, olhas em meu olhos, com toneladas de força, contudo ao mesmo tempo uma leveza que me seduz, assim como o perfume das flores na primavera, não mais tenho medo de transgredir as normas e me entregar a ti. Sofrível foram os dias que tive que esperar para te encontrar, agora me sinto preso como nunca estive, vens brincar todos os dias comigo e assim me torno criança novamente, contigo me sinto jovial e senil, sinto-me amado e odiado, sinto-me transgressor e conservador, pois para mim o amar está na beleza da antítese.