Não quero mais escrever de desamores que não vivi, minha vontade é de constantemente ser enganado por amores que me traem, batem-me e depois fogem. Olhar em faces daqueles que tem coragem de continuar a te encarar mesmo depois de ter te feito de escárnio causa-me repudia. Bater-vos-ia se força ainda me restasse, contudo o mal que me consome não me deixa nem forças para desta cama levantar, parece-me que apodrecerei aqui deitado, desejo aqui perecer até o dia em que a luz do sol não mais venha banhar minhas manhãs. E dessa forma entrego-me a vós, desamores que comigo brincaram, de mim se fortaleceram e depois de mim fizeram a cruz sobre a qual agora vou embora desta vida cruel que já atormentou demais o meu ser.