Mais uma vez ela estava nua na cama de um estranho, porém dessa vez ela parecia o reconhecer. Já vira aquela mão, sabia exatamente o percurso que ela faria pelo seu corpo. O beijo começava familiar e era conduzido até um pequeno prazer local, em sintonia com as brincadeiras de suas mãos. Contudo havia ali algo que não era familiar. Não conseguia distinguir se era o rosto devido à ausência de luz naquele quarto cujo a Deus pertence, mas havia ali uma agressividade e uma inquietação que não rimavam com os beijos e carícias tênues.
Não sabia se era o efeito do porre que estava passando ou se de repente suas memórias resolveram parar a brincadeira e substituir o vazio de dias seguidos que se instalara em seu lugar. Mas ia se tornando claro pra ela que ali não era mais um estranho, nem que aquele quarto a Deus pertencia.
Não sabia se era o efeito do porre que estava passando ou se de repente suas memórias resolveram parar a brincadeira e substituir o vazio de dias seguidos que se instalara em seu lugar. Mas ia se tornando claro pra ela que ali não era mais um estranho, nem que aquele quarto a Deus pertencia.