quarta-feira, 5 de novembro de 2008

A Origem de Alice.

Alice é o fruto de um amor. Amor o qual não é capaz de desfrutar, o porquê, a resposta para essa incapacidade é tudo o que quer, é o que imagina em seus sonhos, é o que a intriga todos os dias. Alice nasceu da barriga de uma certa Maria, barriga esta fecundada por um certo João. Não, esses não são os nomes de seus pais, também não os foram Romeu e Julieta, seus pais eram apenas dois seres humanos repletos de amor. Quando estamos a falar deste sentimento, meus leitores, não há necessidade de nomes nem de definições, o amor não acomete apenas aos pobres, tão pouco apenas aos ricos, o amor é universal. Contudo nesse universo Alice não foi inclusa, que maldade do destino, pobre garota, se dependesse de mim, eu mesmo a ajudaria, mas meu papel nessa estória é apenas de narrador, de contar a meus leitores os desamores de Alice. A tal Maria conheceu o tal João em uma de suas viagem pelo mundo, Maristela sua mãe não se orgulhava de ter 'uma filha da vida', era assim que chamava a própria filha, não pensem que a tal Maria era uma prostituta, o seu amor era gratuito, ela tinha prazer em amar. Talvez por causa dessa indiferença entre mãe e filha, Alice nunca tenha visto foto alguma de sua mãe em casa. O tal João era, como meus avós diziam, um boêmio, poeta do amor, completamente apaixonado pela vida, João podia não ser abastado como Maria, porém sua riqueza vinha do fundo da alma, vinha de seu coração, seus poemas eram providos de uma doçura magnífica, não houve ser humano a rejeitar a emoção que estes provocavam. Estas duas pessoas estavam ligadas pelo destino, eu sei leitores que pode parecer piegas, mas é a pura verdade.

domingo, 2 de novembro de 2008

Moda Maculina.

Bem, achei um ótimo blog a respeito.
http://marcvisao.blogspot.com

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Os olhos de Maristela.

Maristela parecia uma personagem retirada de um dos sonhos de Alice, sua alegria e vivacidade eram tão comovente que nos remetem aos musicais quase sempre, aos olhos dos céticos, irritantes de Hollywood, nesses todos estão sempre felizes, catarolando e até uma ida ao banheiro é um motivo para canções. Maristela não via sua neta como uma criança carrancuda, magra e esquálida, para ela sua neta era tão loira e besta, entendam como simpática, linda e feliz, quanto a Alice do tal País das Maravilhas. Fique bem claro que aqui nessa história não há nenhum País das Maravilhas. Quando Maristela entrava no quarto de Alice exergava uma menina feliz a ler livros coloridos e brincar de boneca em sua cama, esse quarto aos olhos dela era de cores vivas e todo florido, com uma bela cama rosa e almofadas repletas de plumas, as cortinas de um branco tão intenso que na verdade não havia a menor necessidade de sua presença, afinal não impedia a passagem da luz solar. Bem meus leitores, fica à mercê de vocês escolher qual olhos enxergam a realidade se os de Maristela, ou os da pobre Alice.

Os olhos de Alice.

Alice olhava-se no espelho, mas não conseguir enxergar o seu verdadeiro eu. Ela possuia aos olhos dos outros uma beleza escondida apesar daquela carranca que sempre carregava. No espelho ela via uma menina baixa, magra, olhos profundos e escuros, extremamente pálida e esquálida. Alice não gostava de seu cabelo, de seu rosto, de suas pernas, de nada. Pobre menina mal sabia o que era a luz do dia, tinha sensibilidade a luz do sol. Meus caros leitores, não pensem que a pobre Alice é uma vampira. Certo dia ela estava em seu quarto escuro, com paredes pintadas de preto e janelas com cortinas que travavam uma luta mortal com a luz do sol e, impressionantemente, sempre venciam, a observar sua janela, abriu pela primeira vez sua cortina e olhou para rua. Impressionou-se com a quantidade de pessoas que andavam para lá e para cá, muitas com sorrisos no rosto o que lhe dava um profundo sentimento de desgosto misturado com um pouco de inveja, outras com expressões tristes, estressadas e cansadas, com essas ela se identificava. Portanto resolveu sair de casa e seguir essas pessoas com quem ela se identificava. Meus leitores não pensem também que essa menina não tinha pais, tê-los ela tinha, mas não fazia idéia de onde eles se escondiam, desde o dia de seu nascimento nunca mais tinha visto seus rostos, a não ser em seus sonhos. E esses sonhos, por incrível que pareça, não tinham nada a ver com a vida que a pobre garota levava.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Rotina.

rotina. quarto. cama. banheiro. chuveiro. toalha. dentes. quarto. roupa. sala. comida. cabelo. dentes. bolsa. elevador. carro. ruas. federal. cin. computador. aula. logica. fisica. algoritmos. estatistica. algebra. digitais. almoço. dentes. provas. provas. provas. projetos. projetos. projetos. amigos. conversas.  risadas. ônibus. rua. casa. elevador. cama. televisão. banheiro. chuveiro. academia. perna. braço. peito. costas. casa. chuveiro. quarto. roupa. sofá. comida. dentes. televisão. a favorita. série. computador. cama. ipod. sonhos. rotina.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Tempo de Decolar.

Alice tinha uma avó. Meus caros leitores, sei bem que todos temos ou tivemos avós. Contudo sua avó era um pouco excêntrica e completamente diferente de sua neta. Enquanto Alice estava sempre pálida, magra e esquálida como se fosse uma pedinte, sua avó que morava na mesma casa era morena, um tanto quanto alentada e sempre estava de bom humor. As pessoas da vizinhança a chamavam por vários nomes, porém o mais comum era Maristela. Quase todas as pessoas da vizinhança visitavam Maristela por acreditar que suas frases de 'conforto' tinham realmente um poder de confortar, por mais ridícula que a negação da afirmação anterior possa parecer...


...Certo dia Maristela disse ao ouvido de Alice: "Tua sina será breve minha querida."

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Tempo de dar colo.

Alice não existe, ela não passa de uma idéia pessimista de um possível futuro. Meus avós não se acostumaram a ver um ex-namorado sequestrar e matar uma garota, tão pouco viram um pai jogar sua filha do sexto andar, ou bandidos deixarem uma criança ser arrastada por quilômetros pendurada por um cinto ao carro. Esses 'casos' são exemplos de 'descasos' de uma porcentagem da sociedade com a vida e com o real significado dela. Alice NÃO PODE amar, sorrir, ser feliz e brincar, porém isto tudo ela realiza em seus sonhos e pretende um dia fazer que tudo isso venha a se tornar realidade. O que alimenta a vida de Alice é o ódio, a angústia, a inveja, o egoísmo, mas dentro de si ainda resta a esperança de não ter mais que viver sobre essas condições. Há pessoas que têm todos esses sentimentos em si, porém não por serem desafortunadas, nem tão pouco por enfermidade, esses sentimentos reinam em seus atos por simples 'prazer', por mais difícil que seja acreditar nessa realidade. Se Alice conseguirá um dia se livrar de sua enfermidade ainda é um mistério, porém, meus caros leitores, ainda acredito que essa sociedade possa evoluir e se libertar dessas pessoas.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Pobre Alice.

Alice, minha nova heroina, vem crescendo em pensamentos. Sua epopéia prestes a começar já mostra sinais de grandiosidade. Não pensem que Alice é uma garota ingênua que segue um coelho por um buraco e vai parar em um mundo de fantasia, aqui ela vai até fantasiar, porém beleza e alegria não há. Minha Alice não é loira, ela não é meiga, não precisa de carinho. Minha Alice não sabe amar, melhor dizer que ela não pode amar. Pobre Alice nasceu com uma enfermidade tão sombria, tão sombria que não desejo nem para meu maior inimigo, ela não pode sentir amor, seu coração só pode estar repleto de ódio e sentimentos tão sombrios quanto. Se está feliz lhe falta ar, se está sendo acariciada lhe surge alergia, se sente o coração bater mais rápido por causa do sentimento que todos(menos Alice) buscamos, este coração não continua a bater. Pobre Alice, quem poderia viver tanto tempo sem sentir a pureza de um amor de verão? Ela agora já completou 15 anos, porém não possui amigos, nunca deu um sorriso, mas já chorou. No futuro vocês escutarão lendas sobre ela, dirão que os mares subiram de nível por causa de Alice, pobre garota não passava um dia sem chorar. Aposto que ficaram com pena dela meus leitores, porém saibam que sua vida não era em todo ruim. Alice podia sonhar, apenas dormindo, mas podia e seu sonhos esses sim eram fantasiosos repletos de sentimentos bons, carinho, amor e alegria, contudo a acordar ela percebia que tudo não passava de sonhos e momentos que nunca existiriam. Pobre Alice.

segunda-feira, 10 de março de 2008

mudança.

Após uma noite de insônia terrível, Matheus se levanta e percebe que agora sua vida não é mais a mesma. Ele sente o clima de mudança no ar, vai até a janela e olha o jardim de sua casa. Quando será que aquela rosa vermelha apareceu no meio de um canteiro de tulipas brancas? Parece que não é apenas uma coincidência, algo realmente está diferente. Ele olha para a janela da casa ao lado e mais uma surpresa, desde quando os vizinhos têm um filha tão linda? Era informação demais para a cabeça de um garoto que até aquele instante de sua vida não tinha aproveitado nem um minuto qualquer para ele mesmo. Mudança não era uma palavra utilizada com freqüência em seu vocabulário, sempre fora esnobado, sempre tivera cabelo curto, sempre conversara sobre os mesmos assuntos. Aquele foi o dia em que ele ingressou numa nova vida, um novo ambiente que mudou definitivamente a simplicidade e monotoneidade que representava o seu viver.


PS: o que teria causado tal mudança em Matheus?

terça-feira, 4 de março de 2008

esclarecimento

Algumas pessoas falaram que não entenderam o texto introdutivo de camin, mas é porque essa é apenas uma pequena parte mesmo, mais ou menos a introdução da introdução, então a partir dos outros dias vou postar textos mais descritivos para que possam identificar melhor o personagem.

segunda-feira, 3 de março de 2008

camin?

Estava mais uma vez no meu quarto, deitado sobre a cama e olhando para a lamparina no teto. Até hoje consigo me lembrar de como aquele objeto foi parar justamente ali. Certo dia, acordei e fui cumprir meu hábito de toda manhã, andei cambaleando de sono até o banheiro e me olhei no espelho. Este era o mais estranho que já vi desde então, ele não era transparente e totalmente reflexível como todos os outros, este tinha um certo tom azul que tornava a reflexão da imagem meio difusa. Pensei que aquilo deveria ser um sinal de algo grandioso que estava por vir. Logo me despi e fui tomar banho, mas sem olhar para o espelho, pois minha imagem refletida com o meio do meu peito azul como se ao sair do berço alguém tivesse me jogado um balde de tinta irremovível.

PS: esse texto é uma introdução a o personagem título do blog, que vou estar trazendo de volta a partir de agora.

sábado, 1 de março de 2008

começando pelo fim.

Ele sabia que o fim se aproximava, não era um espécie de pensamento, era um sentimento, aquele que começa a brotar dentro da pessoa de um local desconhecido, muitos dizem que é do coração, mas esse é apenas um músculo de movimentos involuntários criados pelo cérebro. Esse sim é o grande Senhor, o Todo Poderoso capaz de criar qualquer situação. Todos pensam que têm controle pleno sobre o que pensa e o que faz, contudo essa é a verdade criada por si mesmo para não acreditar que a sua própria vida não depende de sua vontade.
Agora ele podia sentir mais forte, tinha a impressão que a sala ficava cada vez mais escura, não consegue enxergar mais aquele seu livro favorito, "Os contos anônimos".
"Ah". Ele sentia um prazer imenso de apenas lembrar de onde veio aquele livro. Este não veio de uma livraria qualquer, comprado com o dinheiro suado de trabalhar como carregador de mercadorias, e nem poderia ser misturado com todos os outros da sua estante, era especial. Este foi dado por Ela, sim, Ela. Aquela mulher que um dia encontrou na estação primeira da cidade de Brookdale.
Ele tentou se levantar e procurar o livro, mas suas pernas fraquejaram, colocou no chão de cimento batido uma perna e tentava jogar a outra para frente na vontade de se manter sobre as próprias pernas, porém era quase impossível. A este ponto já não sabia mais quem era nem o que queria, caiu de joelhos no chão, mãos no rosto. Desejava esconder alguma coisa em seu rosto, contudo não havia nada físico a esconder. Talvez sentisse vergonha, sim, sentisse vergonha de estar morrendo no seu quarto sem nunca ter tocado Nela.
Agora já não mais enxergava, estava em total estado vegetativo, jogado ao chão. A única coisa que lhe pertencia era seus pensamentos. Teve exatos cinco minutos e dez segundos para pensar em tudo que quisesse. Depois que passou esse tempo a hemorragia em seu cérebro não pode ser mais contida e fora ali, deitado no chão de seu quarto que deu seu último suspiro.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

meet marion.

Sua cama estava novamente molhada de suor, o último homem que passou a noite em seu apartamento transpirava excessivamente e ainda tinha pago metade do combinado. Cinquenta reais por cabeça ela combinara, porém ao acordar só encontrou duas cédulas de dez e uma de cinco.
"Estúpida!" gritou consigo mesmo. Ele parecia tão carinhoso na noite passada, falava palavras bonitas e a fez acreditar que finalmente sairia do buraco em que se enfiou.
Marion, era o que respondia quando perguntavam o seu nome na esquina da rua Amarante. Tinha vergonha de revelar seu real nome, este foi ao fundo do poço junto com toda sua vida e sua família. Maquiava o rosto inteiro, olhos, boca, bochechas, queria ficar irreconhecível, talvez fosse vergonha de mostrar para o mundo quem realmente é.
Tinha apenas 9 anos quando perdeu a inocência.

manual de intruções.

Não, o que você provavelmente leu por aqui até agora não são textos loucos e totalmente sem inteligação. Todos fazem parte de uma obra maior, um livro de contos que conta histórias de personagens diferentes dos comumente encontrados em obras populares. Elas não são perfeitas nem buscam um final feliz, apenas vivem à procura de um bem estar superior.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

meet matheus.

Não tinha coragem, ou seria determinação? Talvez fosse pura vergonha, porém não sabia explicar.
Ele nunca olhara em espelhos, não queria confrotar o que tinha em seu próprio rosto, achava que a arte de se expressar através de movimentos facias fosse tão mágica que não queria estragá-la por uma súbita vontade de prestigiar sua imagem.
Entrava em seu quarto e fechava todas as cortinas antes que as janelas fossem capazes de refletir sua imagem, por causa da escuridão que tomava conta das ruas. Nada de espelhos no banheiro ou em qualquer outra parte de seu quarto. Não tinha idade ainda para se barbear e cortava seus cabelos sempre com sua mãe.
Gostava de sua vida, admirava a arte em geral, tinha uma lousa em seu quarto que utilizava para pintar as belezas do mundo e da vida. Sempre pintara o alvorecer, florestas, cachoeiras e diversos tipos de paisagens naturais. Aquilo o fascinava, a natureza o fascinava, era capaz de sentar à beira de sua janela e passar horas contemplando o parque da cidade logo depois da avenida Conde Stuart.
Ele achava que o mundo estava em suas mãos que poderia desenhar o que desejasse em sua lousa. Até que deu conta dos sentimentos, das emoções e do amor. Não sabia controlar. Certo dia fora passear no parque e notou uma garota em total sintonia com a natureza e percebia pelo seu rosto, apesar de não muito expressivo, que ela amava o que fazia. Sentiu um imensa curiosidade acerca daquela garota. Seria mesmo curiosidade? Não soube dizer o que sentira. Não, não era inveja, já conhecera isso antes. Sentira um desejo ardente de conhecer aquela pessoa, mas sabia que nunca conseguiria sem antes conhecer a si mesmo.
Pensou que talvez o espelho fosse a chave para a resposta. Deveria olhar no espelho?

meet victoria.

Mais uma vez encontro-a deitada na grama olhando para o céu. Aquela garota fora a pessoa mais estranha que conheci, na verdade nem cheguei realmente a conhecer, ela não responde, ela não fala, ela não te olha nos olhos. Contudo não resisto a caminhar sempre à tarde no parque só para poder admirar sua simplicidade complexa.
Seu rosto parece estar em sintonia com a natureza, as curvas faciais interagem com a brisa que passa por ali em perfeita sincronia. Ela nunca parece triste, porém nunca tive o prazer de contemplar seu sorriso.
Posso descrevar com precisão o que faz todos os dias. Sai de sua casa na rua Alta, recebe um afetuoso beijo de sua mãe e começa a descer a ladeira sinuosa, não olha pra ninguém, nem fala com niguém. Cruza a avenida Conde Stuart na terceira faixa de pedestre e anda na calçada rente ao estacionamento de carros, para não necessitar desviar das pessoas. Entra no segundo portão do parque e segue direto pela estrada de seixos até o azevinho. Deita-se na grama ao redor da árvore e passa duas horas a observar as nuvens.
Um dia, movido pelo grande desejo de conhecer ao menos seu nome, bati à porta de sua casa assim que ela saiu para seu ritual. Sua mãe antende a porta e me recebe cordialmente. Descubro que sua filha chamasse Victória e possui a síndrome de Addison...

Mais uma vez encontro-a deitada na grama olhando para o céu. Aquela garota fora a pessoa mais estranha que conheci, na verdade nem cheguei realmente a conhecê-la, ela não responde, ela não fala, ela não te olha nos olhos. Contudo não resisto a caminhar sempre à tarde no parque só para poder admirar sua simplicidade complexa.
Seu rosto parece estar em sintonia com a natureza, as curvas faciais interagem com a brisa que passa por ali em perfeita sincronia. Ela nunca parece triste, porém nunca tive o prazer de contemplar seu sorriso.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

across the universe.

Words are flowing out like endless rain into a paper cup,
They slither while they pass they slip away across the universe.
Pools of sorrow, waves of joy are drifting through my opened mind,
Possessing and caressing me.
Nothing's gonna change my world.
Images of broken light which dance before me like a millioneyes,
They call me on and on across the universe.
Thoughts meander like a restless wind inside a letter box,
They tumble blindly as they make their way across the universe.
Nothing's gonna change my world.
Palavras invadem minha mente sem permissão e com inexplicável intensidade, surge um fluxo de idéias reprimidas e quase sempre sem sentido, elas são diretamente jogadas em folhas em branco e não possuem qualquer significado seja em sequência lógica ou mais qualquer loucura que uma mente perturbada por sentimentos retraídos possam produzir.
Ainda estou a procura do código capaz de decifrar a complexidade das frases que estão escritas nas mais belas paisagens e nas mais suaves imagens guardadas nas primeiras impressões do meu olhar sobre o que possa ser esse sentimento que brota em meu coração e invade toda microcélula de meu corpo.

creative poverty.

Mais uma vez encontrava-se sentado diante de sua escrivaninha com um papel reciclado cor de madeira imprensada. Em sua mão esquerda a velha caneta de pena de coruja branca e a sua frente um tubinho de tinta negra.
Esse era seu ritual de todo fim de noite, sentar na cadeira surrada, já destruída por tantos cupins e escrever mais uma bela carta de amor para Ela.
"Que mundo louco." ele dizia cada vez que pensava sobre o que acontecia com o planeta. Já havia passado dezessete anos desde que a Lua fora destruída pela ambição humana de evolução inexplicavel. Vivia agora numa Era insana quando já não mais existia paisagens verdes ou azuis, tudo era vermelho, amarelo, ou escuro.
Gostava de relembrar todos os dias a sua infância traqüila em sua aldeia, onde brincava entre as àrvores e tomava banho de riacho, atividade impossível de ser realizada nos tempos atuais.
Mais uma vez estourara uma Guerra Mundial, a sétima desde a destruição da Lua. E como a sociedade estava totalmente distorcida e dominada pelo sexo feminino, elas mesmas se escalavam para a guerra e seus maridos permaneciam em casa a cuidar da prole.
Não conseguia formar em sua cabeça a imagem de uma mulher dirigindo um tanque tampouco disparando diversos tiros de uma arma. "Este é o fim.", era um de seus pensamentos mais frequentes.

chorus.

the sunset is near
bringin' the end of an age
around here there were people at
the pursuit of happiness
the sunset is near
and this time
is gonna be the last one.

chorus of an old song of mine.